terça-feira, 16 de agosto de 2011




Outra noite em que tudo deu errado, as coisas não saíram conforme o planejado… E seu sorriso desapareceu. Seus pés cansados e pernas trêmulas deixaram-na escorregar pelo chão, assim como as lágrimas em seu rosto indefeso. E todos seus problemas eu levaria embora se pudesse. Outra vez em que seus gritos presos na garganta não soaram mais alto que um sopro fraco de voz. Pequena, solitária, cansada de forçar seu rosto a se curvar num sorriso falso apenas pra esconder suas verdades. Passeando com seus olhos por todo quarto à procura de uma solução imediata, algo que amenizasse a dor,calasse todos seus fantasmas interiores, por pelo menos uma noite. Então há alguns centímetros de onde se encontrava a frágil garota encontrou o inimigo. Curioso o fato de que mesmo sendo menor que ela, ele a destruía com tamanha facilidade. E então ela o pressionou contra a própria pele e sorriu só pra ignorar a dor. No seu olhar eu pude ver, ela não queria morrer, só queria saber se existia de fato alguma dor física que fosse maior que a dor que não se pode ver. Aquela que sufoca, que corrói, que sangra mais que seus pulsos no fim de cada noite. Ela parecia aliviada, mas ainda ofegante, ela enxugou suas lágrimas e deitou seu corpo contra o chão gelado. Assim que a lâmina escorregou por entre seus dedos, eu soube, era a última noite que ela se sentiria daquela maneira. A sua última noite

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